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ABR
28
28 ABR 2025
SAÚDE
Prefeitura decreta emergência em saúde pública devido ao aumento de doenças respiratórias
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Alta de casos graves de doenças respiratórias entre crianças leva município a reforçar atendimento e abrir novos leitos

A Prefeitura decretou, nesta segunda-feira (28/4), emergência em saúde pública, devido ao crescimento expressivo dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), principalmente entre o público infantil. O anúncio foi feito pela prefeita Marília Campos durante visita ao Centro Materno Infantil (CMI).

A medida permite a adoção imediata de ações emergenciais para ampliar o atendimento nas unidades de urgência e emergência da cidade e garantir assistência adequada à população, incluindo a contratação de profissionais, a aquisição rápida de insumos e medicamentos e a ampliação da rede de atendimento, com foco nos serviços de urgência pediátrica.

A prefeita Marília Campos ressaltou que, nesta época em que crianças e idosos são muito afetados pelas doenças respiratórias, é fundamental que o setor de saúde esteja preparado para a alta demanda de casos. Ela destacou ainda as providências que estão sendo adotadas após o decreto. 

“No Centro Materno Infantil, tínhamos 10 leitos de UTI, agora, estamos com 30. Além disso, estamos ampliando também os leitos de enfermaria, não só aqui, mas nas UPAs onde temos pediatria. Mesmo assim, ainda foi necessário decretar a emergência para facilitar a contratação de pessoal e a compra de insumos necessários, garantindo uma assistência de qualidade.”

Em visita ao CMI, a prefeita fez questão de saber de cada usuário como foi o atendimento. “A população está reclamando com razão, porque o tempo de atendimento está grande. As pessoas para serem atendidas estão esperando quatro, cinco horas. Então, pedimos que tenham um pouco de paciência, porque temos que atender primeiro, fazer o acolhimento e depois garantir o processo dos cuidados. Vamos ampliar a assistência para atender melhor o nosso usuário”, explica.
 

 
Bebês até 2 anos tem apresentado quadros mais severos exigindo internações prolongadas
Foto: Luci Sallum / PMC

Aumento de casos

Somente em abril, o CMI registrou 3.240 atendimentos por doenças respiratórias, número que representa um aumento superior a 54% em comparação com a média mensal dos meses anteriores, de aproximadamente 2.100 casos. Em março de 2025, o número já havia subido para 2.758.

Nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da cidade, foram registrados 3.343 atendimentos em janeiro. Em março, o volume foi de 2.758. Já em abril, até o dia 26, o número chegou a 3.240, totalizando um acumulado de 7.008 atendimentos nos dois últimos meses.

Além do aumento no número de atendimentos, chama atenção o prolongamento do tempo de permanência hospitalar e a gravidade dos casos. As crianças, especialmente aquelas com menos de dois anos, têm apresentado quadros mais severos, exigindo internações prolongadas.

Os dados evidenciam a pressão sobre os serviços de urgência e a necessidade de ampliar a capacidade de atendimento e o número de leitos de internação para tratamento intensivo e de enfermaria, uma vez que os casos de SRAG requerem acompanhamento clínico sistemático.

Contribuindo para a melhoria do atendimento à população, o secretário municipal de Saúde, Fabrício Simões, destacou a importância do decreto diante da situação crítica. “Com o crescimento acelerado dos casos de síndrome respiratória, analisamos juntamente com a prefeita a necessidade de agir rapidamente para garantir assistência adequada à nossa população”, afirmou.

Medidas já tomadas

Atualmente, o Centro Materno Infantil possui capacidade para 34 leitos de enfermaria pediátrica e 10 leitos de UTI pediátrica. Para atender à demanda, no início de abril foram estruturados três novos leitos de enfermaria e 20 de UTI. No entanto, a taxa de ocupação dos leitos permanece em 100%.

Diante do crescente número de internações, a Secretaria Municipal de Saúde prevê a abertura de mais 20 leitos de enfermaria, a criação de um ambulatório de egressos para acompanhamento de crianças após a alta hospitalar e o reforço das ambulâncias de transporte avançado de pacientes para atendimento de urgências dentro da rede.

Outra ação em execução é a abertura do processo de contratação emergencial de profissionais da saúde para atuar no Centro Materno Infantil, contemplando médicos pediatras, enfermeiros, técnicos de enfermagem e fisioterapeutas.

O Serviço Social Autônomo (SSA) de Contagem, responsável pela gestão direta da assistência no Hospital Municipal, Centro Materno Infantil e nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), tem atuado na linha de frente para garantir a ampliação dos serviços diante da crise. O diretor-geral do SSA, Eduardo Penna, reforçou a importância de fortalecer o quadro de profissionais. “O reforço de profissionais é fundamental para suportar o crescimento da demanda e assegurar a qualidade do atendimento, especialmente nos momentos de maior sobrecarga hospitalar”, destacou.

A Prefeitura reafirma o apelo à população para que, em casos leves, busque prioritariamente as Unidades Básicas de Saúde (UBSs), de forma a evitar a sobrecarga nos pronto-atendimentos. A situação será reavaliada diariamente, e novas medidas poderão ser anunciadas conforme a evolução do cenário.

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Autor: jornalista Aline Malta / edição Vanessa Trotta
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